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Foto do escritorMaria Rosas

Campanhas de incentivo e combate à violência política garantem mais representatividade feminina


A Bancada Feminina da Câmara Dos Deputados terá aumento na 57ª legislatura. A partir de fevereiro de 2023, serão 91 deputadas, número maior do que as 77 eleitas em 2018. Esse aumento corresponderá a 17,7% do total de parlamentares, estando acima dos atuais 15%. Só no partido Republicanos foram eleitas e reeleitas cinco mulheres, representando o Acre, Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro. Aproveito para parabenizá-las e desejar um excelente mandato.


Mas apesar da conquista, ainda estamos abaixo da média mundial, que é de 26%. Como 1ª Procuradora-Adjunta da Mulher da Câmara, avalio como baixa a representação feminina, e por isso, é preciso aprimorar as campanhas de incentivo.


Um bom exemplo ocorreu em rede nacional, na ação realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chamada “Mais Mulheres na Política 2022”, veiculada nos veículos de comunicação da Justiça Eleitoral e no próprio Portal do TSE.

Embora sejamos minoria na Câmara, não falta competência. Para se ter uma ideia, nós, mulheres, temos uma atuação muito significante. Na atual legislatura, desde 1º de fevereiro de 2019 até o mês de setembro, conseguimos aprovar 197 proposições de temas de interesse da bancada feminina, sendo 106 projetos de lei. Nesta legislatura, 78 proposições aprovadas foram sancionadas na forma de leis ordinárias, além de uma lei complementar, cinco emendas constitucionais e sete resoluções. E para 2023, aponto três áreas prioritárias: violência contra a mulher; saúde; e empregabilidade.

Nesta semana, estive na rádio e TV Câmara para fazer uma análise do novo cenário e, em entrevista aos programas “Painel Eletrônico” e “Elas Pautam”, apontei a violência política como um dos motivos que mais desestimulam as mulheres a ocuparem espaços de decisão. Acredito que esse é um dos pontos que devemos combater.


E para que esses temas estejam cada vez mais presentes nas discussões, é importante pensar na representatividade feminina independente das diferenças ideológicas e partidárias. Precisamos nos unir para que os projetos de todas as deputadas estejam em pauta.

Nas eleições de 2022, oito estados e o Distrito Federal tiveram mulheres como campeãs de votos para a Câmara dos Deputados. Em contrapartida, as bancadas de quatro estados não terão representantes do sexo feminino.


Por isso, precisamos nos comprometer para a ampliação feminina no Congresso. Enquanto Procuradora, continuo trabalhando para que a próxima legislatura seja ainda mais expressiva para todas nós.

Maria Rosas / Deputada Federal (SP)


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