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Foto do escritorMaria Rosas

O que mudou no Enem 2022?

O último exame do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), teve como tema para redação os "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil". Os participantes também tiverem de responder questões sobre Amazônia e Estado de Direito.

Foram quase 3,4 milhões de candidatos inscritos. Deste total, foram 26,7% de abstenção e 32.376 pessoas fizeram a prova online, segundo o Ministério da Educação (MEC). Em São Paulo, 73,9% dos inscritos compareceram à prova.


Na edição deste ano, houve a possibilidade de adotar os documentos digitais e-Título, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Digital e RG Digital como documentos permitidos para a identificação dos participantes na aplicação das provas.


Essa foi a primeira vez, desde 2017, que o Enem usa a palavra "desafios" no tema. Naquele ano, o texto tratou de "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil". Em 2021, o tema foi "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil". Em anos anteriores, a redação também abordou temas de abrangência nacional, como o estigma associado às doenças mentais, a democratização do acesso ao cinema e o controle de dados na internet.


Como professora, entendo que é importante que o aluno pense sobre causas da dificuldade da valorização dos povos tradicionais e comunidades, as consequências da desvalorização e os principais conflitos relacionados a esse grupo populacional especialmente porque, a proteção às manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras estão garantidas no art. 215 da nossa Constituição.


O tema faz o estudante lembrar do papel destes povos na proteção da terra e dos recursos naturais, além das contribuições em várias áreas do conhecimento, como nas descobertas científicas de plantas e tantos outros extratos, que eles já costumam usar, e que a ciência tem aproveitado.

As questões mostram um Enem que ainda segue sua tradição histórica, de valorizar pautas sociais, de direitos humanos e sustentabilidade e o Exame não levou em conta toda essa questão da polarização política e se conectou ao que deve ser o Ensino Médio. Não olhou para trás, mas olha para o futuro.


Na Câmara dos Deputados sou membro da Comissão de Educação e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Educação Básica e Alfabetização no Brasil. Defendo essa pauta porque acredito que a educação promove desenvolvimento social, econômico e cultural e que é por meio da educação, que combatemos a pobreza, promovemos a saúde, diminuímos a violência, fortalecemos a democracia e a cidadania e garantimos acesso a outros direitos da criança e do adolescente.


Parabéns a todos os estudantes que realizaram o Enem neste final de semana e desejo boa sorte para a próxima fase das provas. Daqui, do Congresso, podem contar com minha atuação parlamentar em prol da educação brasileira!

Maria Rosas / Deputada Federal (SP)


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