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Foto do escritorMaria Rosas

Maria Rosas quer mais segurança para mulheres vítimas de violência

Atualizado: 20 de dez. de 2023

Projeto que dispõe sobre o monitoramento eletrônico pela mulher vítima de violência

é aprovado na Câmara e segue para o Senado
















As medidas protetivas são ordens judiciais concedidas que visam coibir a prática

de violência doméstica e familiar e proteger a vítima de um possível feminicídio.

Foi aprovado, na última terça (12) de forma conclusiva, na Comissão de Constituição

e Justiça e de Cidadania (CCJC), o projeto 311/2023, de autoria da deputada federal

Maria Rosas (Republicanos/SP), que dispõe sobre o monitoramento eletrônico pela

mulher vítima de violência, como meio de fiscalizar o cumprimento das medidas

protetivas de urgência. A matéria segue diretamente para o Senado Federal.


O monitoramento por meio da tornozeleira eletrônica, usada pelo agressor, poderá

coibir e reduzir as agressões, contribuindo, inclusive, para que mais mulheres não

sofram tentativas de feminicídio e que as medidas sejam cumpridas.


“Todas as medidas que tornem a proteção da vítima mais efetiva é necessário, pois

fazem com que mais mulheres tenham a certeza de que a denúncia vai dar certo e

alinhado à tornozeleira isso seja um pouco mais palpável para que as vítimas possam

se sentir mais seguras”, disse a deputada.


Se aprovado, mediante autorização da Justiça, a vítima irá receber um celular com

o aplicativo interligado ao aparelho (tornozeleira eletrônica) usado pelo agressor.

No monitoramento, se ocorre aproximação à vítima, o equipamento emite um alerta.


Em SP já existe um projeto sancionado com a mesma premissa. Agressores de

mulheres e suspeitos são liberados em audiências de custódia, com o uso de

tornozeleiras eletrônicas. Desta forma, se o agressor se aproximar novamente

da vítima, a polícia poderá ser imediatamente acionada. A medida tem o objetivo

de combater a reincidência criminal e monitorar também autores de outros crimes

que são soltos em audiência de custódia.


Em todo o estado, houve 66 prisões por feminicídio de janeiro a julho deste ano.

Os registros de descumprimento de medidas protetivas, de janeiro a 3 de agosto,

somam 9.144 casos.


Em setembro, uma vítima de violência doméstica foi salva pelo monitoramento em

tempo real da Polícia Militar. O agressor tinha se aproximado novamente da casa

da vítima, contrariando a determinação judicial, e foi preso em flagrante, evitando,

quem sabe, mais um crime de feminicídio.


Texto e foto: Gisele Rocha - Ascom deputada Maria Rosas

Maria Rosas / Deputada Federal (SP)

Secretária estadual do movimento Mulheres Republicanas SP

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