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Foto do escritorMaria Rosas

Bullying nas Escolas – como combater


É um problema sistêmico nas instituições de ensino e muitas vezes acontece de forma sutil e os professores e responsáveis não percebem. E você sabe identificar o bullying? Existem alguns requisitos, como a presença de condutas que incentivem a desaprovação, o desequilíbrio de poder, a repetição, a angústia e a provocação. Todos nós precisamos compreender bem esse conceito para agir preventivamente.


De acordo com um artigo recente da Harvard Review of Psychiatry, uma mulher que sofre bullying quando criança tem 27 vezes mais chance de ter transtorno de pânico no início da vida adulta. A prática também tem consequências prolongadas na vida social das pessoas: muitas vítimas acham mais difícil fazer amigos na vida adulta e são menos propensas a viver com um parceiro de longo prazo.


Enquanto professora e deputada defensora da causa da educação, entendo que é essencial estimular as escolas a estabelecerem expectativas muito claras do que é um comportamento aceitável. Os mentores devem aprender a identificar os locais dentro da escola onde o bullying é mais provável de ocorrer e supervisioná-los regularmente. E todos os adultos da escola precisam de algum treinamento básico sobre bullying — as pessoas que trabalham na cantina, os motoristas de ônibus. Estas intervenções podem ser incorporadas aos programas nacionais de educação. Os pais e educadores deve levar a sério as preocupações da criança — mesmo que pareçam triviais.


As próprias crianças podem realizar reuniões nas salas de aula para discutir a natureza do bullying e as formas como podem ajudar os alunos que são vítimas. O objetivo, com tudo isso, é garantir que a mensagem antibullying esteja enraizada na cultura da instituição.

A Lei 13.185/2015 institui o programa de combate à intimidação sistemática, conhecido como bullying. Também existe a Lei 13.663/2018, ‘’que inclui entre as atribuições das escolas a promoção da cultura da paz e medidas de conscientização, prevenção e combate a diversos tipos de violência’’. Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados cerca de 40 projetos de lei com este tema, como o PL 2706/2021, que torna punível as postagens nas redes sociais de intimidação sistemática na rede mundial de computadores com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.


Como adultos, podemos fazer um trabalho muito melhor ensinando as crianças que certos tipos de comportamento nunca são aceitáveis. Estas lições podem ter um impacto positivo na saúde e na felicidade de gerações futuras. Continuo trabalhando firme pela garantia da dignidade das nossas crianças e adolescentes.

Maria Rosas / Deputada Federal (SP)


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